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Mostrando postagens de agosto, 2021

Transformando o Mal em Bem

                                O breve relato que trouxemos para reflexão diz respeito à notável história de um homem chamado José que viveu nos longínquos tempos dos anos 1500 a.C. Membro de uma numerosa família de pastores peregrinos que viviam onde hoje se localizam Israel e Palestina, tinha 11 irmãos, algumas irmãs, e seu pai se chamava Jacó.                 Por ser muito querido por seu pai, era alvo de frequentes ataques de ciúme por parte de seus irmãos. Certa vez, enquanto pastoreavam o rebanho de ovelhas em local distante de sua casa – a qual, em realidade, se tratava de uma tenda devido aos constantes deslocamentos que tinha de fazer em busca de pastos viçosos para os animais – seus irmãos intentaram um plano para matá-lo. Enquanto maquinavam entre si acerca de como proceder, porém, um deles se levantou demonstrando contrariedade ao assassinato, visto que José era sangue do sangue deles. Convencidos a não tirar a vida de seu irmão, deliberaram vende-lo como escravo a uma

Deus predestinou quem há de ser salvo?

Esta é uma questão algo complexa. A Bíblia claramente afirma haver uma predestinação, como exposto em Efésios 1:4-5: Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade. A determinação prévia, entretanto, ocorreu a nível pessoal – escolhendo, desde o início, cada pessoa que seria salva dentre os destinados à perdição – ou a eleição se deu para o grupo de pessoas que, enquanto grupo, pela própria vontade se renderiam a Jesus como Senhor e Salvador? Adianto que não entrarei no mérito dessas questões, nem tampouco as esmiuçarei levando cada uma ao limite de implicações. Particularmente, penso que há várias razões para acreditar que não haverá qualquer tipo de injustiça no dia do juízo. Nesta ocasião, ninguém honestamente poderá se queixar de não ter tido oportunidades suficientes para ter se convertido. Todas

Qual o papel das boas obras na vida do cristão?

Está-nos claro que não é por obras que alcançamos a salvação. Este é um presente de Deus, um favor imerecido, pois antes estávamos mortos em pecados e delitos (Efésios 2:1). Ela é alcançada mediante a fé em Cristo Jesus – sabemos que o conceito bíblico de fé é muito mais denso e significativo que o senso comum indica. Isto posto, voltemos à questão. No tocante a isso, alguns mestres na Palavra de Deus afirmam que a salvação pode ser pensada como uma locomotiva, ao passo que as obras seriam os vagões por ela puxados. Esta concepção se baseia em Efésios 2:10: Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Vê-se que as boas obras não são o meio para a salvação, mas o resultado dela. De fato, uma vez aceitos por Deus através do Senhor Jesus, somos destinados para a prática das mesmas. Isso é mais facilmente compreendido se pensarmos na conversão como um processo espiritual pelo qual passamos com o recebimento do E

O mundo está fadado ao fracasso?

  Dizer que o mundo está fadado ao fracasso significa afirmar que ele não dará certo. Quando mencionamos o mundo, referimo-nos, é claro, às pessoas que habitam este planeta, à sociedade como um todo, fruto da consideração de todas as comunidades que formam os países, em conjunto. Se há expectativa de que ele, o mundo, dará certo, fica subentendido que atualmente ele esteja salpicado por um ou mais problemas. De fato, há vários, talvez inumeráveis, problemas que teimam em nos afligir, angustiar e tirar-nos a paz. Para efeito de ilustração, podemos citar a criminalidade nas ruas, doenças físicas e psíquicas, desigualdade econômica, desigualdade de gênero e desigualdade racial. A criminalidade que se observa nas ruas, isto é, fora das residências, abarca qualquer delito, qualquer ato ou omissão que transgrida a lei. Embora possamos pensar no trânsito de veículos que realizam manobras proibidas as mais diversas - como a ultrapassagem dos limites de velocidade permitidos nas vias

Mais Jesus, Menos Satanás

Em muitas igrejas evangélicas, sobretudo pentecostais e neopentecostais, percebemos a existência pujante de uma síndrome de perseguição. Em outros termos, mas sem correr qualquer risco de cometer um reprovável exagero, vemos um triste hábito entre os irmãos de mencionar mais Satanás que o próprio Jesus no dia a dia e durante os cultos religiosos.             De um lado, a Bíblia é clara e contundente ao afirmar que não devemos lutar contra pessoas, mas contra as potestades espirituais encabeçadas por Satanás (Efésios 6:12). Por meio de um agir em seus pormenores encoberto à nossa compreensão, o verdadeiro inimigo é referido nas Escrituras como o pai da mentira por ter se valido de uma inverdade para induzir Eva a pecar contra Deus no Éden. Além disso:       Afligiu a Jó, despojando-lhe dos bens, filhos e saúde (Jó 1) – com a permissão de Deus;       Tentou ao Senhor Jesus quando se retirara para o deserto antes de iniciar seu ministério (Mateus 4:1-11) – com a anuência do Espír