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Mostrando postagens de abril, 2022

Distração

  Nem todo aquele que me diz “Senhor, Senhor”, entrará no Reino do Céu. Mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está no Céu (Mateus 7:21). A mensagem desse verso é evidente e notória: embora a fé em nosso Senhor Jesus é o que nos torna filhos de Deus, herdeiros do Reino que há de vir, ela, por si só, sem obras, é morta. A fé genuína é um sentimento interior que se manifesta exteriormente por meio de práticas que agradam ao Altíssimo. Diz, a Bíblia, que a verdadeira religião é visitar as viúvas e os órfãos em suas necessidades e guardar-se da corrupção deste mundo (Tiago 1:27).             Pensem nas coisas do alto, não nas que são da terra (Colossenses 3:2). O exame das implicações deste versículo ditará a discussão principal da presente reflexão.             Existem três modos pelos quais um verbo pode se exprimir: indicativo, subjuntivo e imperativo. O primeiro serve para indicar um fato, algo que acontece ou já aconteceu – neste modo, o versículo acima se expressari

Santidade

  Procurem estar em paz com todos. Progridam na santidade, porque sem ela ninguém verá ao Senhor (Hebreus 12:14). Ser santo no vocabulário bíblico é ser separado. Mas separados de que? Separados do mundo, porque somos de Deus e não do mundo. Isso, é claro, não significa que devemos deixar de conviver com os descrentes; pelo contrário, é justamente porque não fazemos parte deste mundo que somos diferentes dele, motivo pelo qual somos capazes de dar ao mundo o que ele não tem: somos sal, e uma de suas funções é conferir gosto, que o mundo não tem; somos luz, e o mundo jaz em trevas. Por isso pergunto: você leva ao mundo alguma coisa de que ele carece?

Leite espiritual

      Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite puro da Palavra, a fim de que vocês, com esse leite, cresçam para a salvação (1 Pedro 2:2). Todos, ou pelo menos quase todos nós, temos a equivocada ideia de que a salvação é conquistada de uma única vez – o oposto a isso seria pensar que ocorreria por etapas, ou a prestações, como diriam alguns. Isso não acontece sem motivo maior, visto que em Marcos 16:16 o nosso Senhor Jesus assevera que todo aquele que crer, e for batizado, será salvo; razão pela qual bastaria crer – a princípio uma decisão que se toma ou não – e demonstrar publicamente, por meio do batismo, que as coisas velhas se passaram, e dali por diante tudo se fará novo. Porém, a afirmação de nosso Senhor é, para nós, seres inclinados ao mal e sujeitos à concupiscência da carne, bastante geral, pelo que deve ser desmembrada em partes mais pragmáticas, algo que a Bíblia faz em abundância. Isso posto, se detidamente examinarmos o versículo acima, escrito por Pe

Crenças

  Inicio com uma questão: Podemos, nós, viver sem acreditar que algumas coisas não mudam? Por viver, não me refiro aos processos vitais, como o respirar ou mesmo o bater do coração; e sim às atividades que desempenhamos no cotidiano, aos nossos afazeres diários. Outrossim, com nós, não pretendo restringir os destinatários da questão a um grupo formado por cristãos, mas em princípio a todas as pessoas.             A resposta à questão é não; não podemos viver sem a crença de que certas coisas são imutáveis. Com efeito, quando ando, preciso acreditar que a firmeza do chão sob meus pés não irá mudar – deposito tanta fé nisto que ao caminhar quase não olho para baixo. Dado que quando realizo alguma atividade física há uma diminuição da energia química estocada em meu corpo, se não cresse que o alimento que consumo reporia tal energia, sequer levantaria de minha cama – e acredito que essa reposição sempre ocorrerá. Quando falo, não falo porque preciso, mas porque de antemão creio que se