A certeza de que Deus nos ama

 Texto base: Malaquias 1: 1-3

Peso da palavra do Senhor contra Israel, pelo ministério de Malaquias. Eu vos amei, diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos amaste? Não foi Esaú irmão de Jacó? – disse o Senhor; todavia amei Jacó e aborreci a Esaú; e fiz dos seus montes uma assolação e dei a sua herança aos dragões do deserto.

            Segundo os estudiosos, Malaquias exerceu seu ministério durante o período que sucedeu ao exílio na Babilônia. Eram tempos de restauração de costumes e acomodação na nova terra, mas também de muita pobreza e vulnerabilidade.

            Diante desse cenário, e a partir do diálogo que o povo tinha com Deus registrado nos versículos acima, imagino que as pessoas olhavam para si mesmas, para seus concidadãos e se comparavam com as nações estrangeiras. Percebendo que eram tão miseráveis quanto, em muitos casos até mesmo sendo economicamente inferiores a outros povos, começavam a se indagar acerca do cuidado de Deus para com eles.

            Se, de um lado, Deus, pela boca do profeta, dizia-lhes que os amava, de outro perguntavam: Em que nos amaste? O povo pedia a Deus provas, demonstrações daquele amor que o Soberano lhes dizia nutrir, vez que padeciam de enfermidades, eram fracos, estavam relegados à pobreza e humilhação.

            Deus então lhes respondeu: A demonstração de que os amo está em vocês terem sido escolhidos desde o ventre. É importante lembrar que aquele povo descendia de Jacó, filho de Isaque, filho de Abraão. Quando ainda estavam no ventre de Rebeca, Jacó e Esaú, antes que tivessem praticado qualquer obra, boa ou má, Deus deliberou amar Jacó e aborrecer a Esaú. Sendo assim, a maior prova de que eram amados, segundo o relato, era precisamente o fato de terem sido eleitos para se tornarem o povo de Deus.

            A relevância desse registro de conversa entre Deus e o povo israelita para nós é indisputável e sublime. Com efeito, muitas vezes nos vemos questionando o amor de nosso Senhor para conosco quando enfrentamos um problema e nos vemos diante de um período de tribulação. Se os desejos não se concretizam, se a vitória insinua falhar, não raro olhamos para os Céus e perguntamos: Por que comigo? Tenho feito tudo certo, andado nos caminhos do Senhor, não perco os cultos, estou sempre meditando nas Sagradas Escrituras...

            Em primeiro lugar, devemos ter em mente que não temos verdadeiramente feito tudo certo. Somos pecadores por natureza, e aquele que afirma não ter pecado, mente (1 João 1:8). Não há ninguém que seja justo (Romanos 3:10), apenas o Senhor Jesus. Portanto, que mantenhamos distantes de nós qualquer sentimento de merecimento do bem; ao contrário, não fosse pelas misericórdias de Deus, seríamos consumidos (Lamentações 3:22). Ademais, o próprio Cristo nos advertiu de que teríamos aflições enquanto vivêssemos neste mundo (João 16:33).

            Por outro lado, não há motivos para tristeza. Embora vez ou outra soframos, conquanto que estejamos ainda vulneráveis a sermos acometidos por enfermidades e acidentes, nós fomos escolhidos por Deus para sermos seus filhos. Se cremos em Jesus como nosso Senhor e Salvador, já passamos da morte para a vida eterna (João 6:47).

            Sabemos, pela Bíblia, que há pessoas as quais não aceitarão se submeter ao senhorio de Cristo; escolherão entrar pela porta larga para caminhar pelo caminho espaçoso da vida. Esses são Esaú. Nós, contudo, somos Jacó, pois fomos chamados desde o ventre de nossa mãe para perseverarmos no caminho que é Jesus. Seguramente não há maior bênção do que esta: Ter o nome escrito no Livro da Vida e poder ser chamado filho de Deus.

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