Salvos pela Graça por meio da Fé
De fato, conforme consta em Efésios 2:8-9: Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie. Essa passagem bíblica nos ensina que a salvação é um presente que Deus nos oferece; a fé consiste no ato de estendermos a mão para tomarmos posse dele. Sendo presente, não o recebemos porque o merecemos, caso contrário não seria presente, mas pagamento. Em Romanos 4:4 temos: Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.
Poderíamos perguntar: Por que alcançamos a salvação tão somente pela graça, isto é, como um presente que nos é oferecido, e não pelo nosso próprio mérito? A resposta é que isso não seria possível. A palavra de Deus nos afirma que não há um único justo; se houvesse algum que fosse capaz de cumprir a Lei dada a Moisés, este se justificaria pelas obras, pelo próprio esforço. O problema é ninguém, por si mesmo, é capaz de se conter a ponto de não cometer qualquer pecado. Em 1 João 1:8 encontramos: Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
A propósito, esta é a razão da vinda de Jesus, da encarnação do Deus vivo em forma de homem: Levar, na cruz, todos os nossos pecados e nossas enfermidades (Isaías 53:4). Uma das finalidades da Lei dada por Deus a Moisés foi mostrar, ao longo de anos e anos de clamor à sua observância, que não é possível cumpri-la por inteiro; quando não falhamos em algum mandamento, deslizamos em outro. O máximo que ela, a Lei, podia fazer em nosso favor era apontar para as nossas falhas, como um espelho que nos mostra que estamos sujos; do mesmo modo que este, entretanto, ela não é capaz de nos limpar.
Compreendendo, pelo estudo da história de seus antepassados, que jamais atingiriam um nível comportamental e moral que agradasse ao Criador – algo insofismavelmente evidenciado pelos sucessivos episódios de transgressão-punição-arrependimento-livramento vivenciados pelo povo – veio Jesus, na plenitude dos tempos, e anunciado desde o início da humanidade, para pisar a cabeça da serpente, apregoar as boas novas das quais, ao menos inconscientemente, estavam sedentos os judeus, realizar as obras que conferiam legitimidade aos seus ensinamentos, e se oferecer em sacrifício em favor de todos quantos cressem que, por meio dele, tornar-se-iam filhos de Deus e não mais escravos do pecado.
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