Que malfeitor você é?

 

Texto base: Lucas 23: 39-43


            O texto em causa é bastante conhecido por todos os que dizem professar a fé cristã. Mesmo aqueles que nunca tomaram a Bíblia para ler conhecem o relato segundo o qual o nosso Senhor foi crucificado ao lado de dois malfeitores.

            Deus, no mais alto nível de sabedoria e soberania, propiciou que o evento narrado realmente acontecesse e que não fosse olvidado por quem o testemunhou nem desprezado por Lucas, autor do livro. A passagem tem importância singular porque os dois malfeitores representam as duas espécies de pessoas que existem. Todos nós, segundo a Bíblia, somos malfeitores, nascemos inimigos de Deus, inclinados para o mal, venerando como deus o nosso próprio ventre. Entretanto, que tipo de pessoa você é? Com qual dos malfeitores crucificados se identifica?

            Um deles, mesmo estando condenado e já crucificado, vira-se para Jesus e diz: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Ainda que debaixo da condenação e próximo da morte, encontra-se tomado pela soberba, pela desobediência, pela petulância, pela irreverência, como se não estivesse condenado, como se não fosse culpado pelas repreensíveis obras que o conduziram à cruz.

            Muitas pessoas se comportam de modo bastante similar a esse malfeitor que blasfemou de Cristo. Se não com palavras audíveis, ao menos em seus corações perguntam: Se Deus pode fazer algo, por que ele não atende as minhas orações? Por que não cura meu irmão, ou minha mãe, ou meu pai, porque não cura meu parente? Se Deus pode algo, por que fulano prospera enquanto me esforço para fazer o bem e ando sobrecarregado por dívidas? Se buscar a Deus na igreja fosse a solução, por que beltrano, que não perde um culto e sempre vai aos círculos de oração, vive à base de remédios?

            O outro malfeitor, por sua vez, estava condenado, admitia-se condenado e reconhecia-se digno de receber tal condenação. Olhando para si mesmo e para Jesus, confronta sua conduta pregressa, suas más obras, com o que o Senhor realizara. Em sinceridade e contrição de coração, diz ao seu parceiro, repreendendo-o: Nós, na verdade, com justiça estamos condenados, porque recebemos o castigo que nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. Após confessar seus pecados, agarrando-se à misericórdia de Deus implora: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.

            Você, malfeitor que ouve ou que lê essa meditação, se parece mais com qual dos dois: Com o que não se reconhece pecador e insulta a Deus, ou com aquele que se humilha, arrepende-se dos maus atos e clama por redenção? Apenas um deles pôde entrar no paraíso.

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