Tempo para começar, Tempo para terminar

 

Texto base: Jeremias 25: 1-12

1 A palavra que veio a Jeremias acerca de todo o povo de Judá no quarto ano de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá (que é o primeiro ano de Nabucodonosor, rei de babilônia), 2 A qual anunciou o profeta Jeremias a todo o povo de Judá, e a todos os habitantes de Jerusalém, dizendo:

A palavra do Senhor veio a Jeremias e, como veio, incumbe a Jeremias anunciá-la aos seus destinatários. É interessante notar que o nosso Deus nada faz sem antes anunciar seus planos aos profetas a fim de que estes façam o devido repasse (Amós 3:7).

Algumas vezes Deus nos fala diretamente, seja ao nosso coração, seja enviando-nos uma pessoa para nos entregar a mensagem; outras vezes, fala mediante uma pregação das Sagradas Escrituras. De fato, existem dois tipos de profetas: Há aqueles que, instados pelo Espírito Santo, conscientemente proferem a mensagem que lhes foi ordenada, como é o caso de Jeremias; e os profetas que, embora profetizem, não sabem que estão profetizando enquanto anunciam, como, por exemplo, ocorreu com o Rei Davi em tantos de seus salmos, nos quais previu inúmeros eventos que posteriormente, cerca de 1000 anos depois, com o nosso Senhor Jesus – a título de informação, Davi expressou em seus salmos que o Messias seria traído, que lançariam sorte a respeito de quem ficaria com sua túnica enquanto estivesse crucificado e que Deus o abandonaria quando se fizesse pecado por nós.

 

3 Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim a palavra do Senhor, e vo-la tenho anunciado, madrugando e falando; mas vós não escutastes.

Havia 23 anos que Jeremias obstinadamente vinha apregoando a palavra do Senhor ao povo de Judá, madrugando para a anunciar, porém as pessoas não deram atenção, fazendo ouvidos moucos às excelsas advertências.

 

4 Também vos enviou o Senhor todos os seus servos, os profetas, madrugando e enviando-os, mas vós não escutastes, nem inclinastes os vossos ouvidos para ouvir, 5 Quando diziam: Convertei-vos agora cada um do seu mau caminho, e da maldade das suas ações, e habitai na terra que o Senhor vos deu, e a vossos pais, para sempre.

Não apenas Jeremias, mas enviou o Senhor muitos outros servos para proferir as advertências, dizendo ao povo que se desviassem dos seus maus caminhos, que cessassem de suas más ações, pois desse modo o Senhor manteria a promessa que fizera a seus antepassados de habitar para sempre na terra que lhes deu. No entanto, procurando servir aos seus próprios desejos, continuaram em seus pecaminosos afazeres, transgredindo deliberadamente a vontade de Deus.


6 E não andeis após outros deuses para os servirdes, e para vos inclinardes diante deles, nem me provoqueis à ira com a obra de vossas mãos, para que não vos faça mal. 7 Porém não me destes ouvidos, diz o Senhor, mas me provocastes à ira com a obra de vossas mãos, para vosso mal.

Algumas pessoas erroneamente pensam que os deuses aos quais a Bíblia se refere são imagens ou esculturas de entidades espirituais malignas. Entretanto, segundo afirmou Paulo em sua carta aos Filipenses, especificamente no verso 19 do capítulo 3, o deus de uma pessoa pode ser até mesmo o próprio ventre, isto é, seus desejos pecaminosos. Com efeito, Efésios 5:5 afirma que os avarentos, ou seja, os gananciosos de dinheiro, são idólatras.

Isso significa que qualquer coisa que tenda a ocupar o lugar de Deus em nossas vidas transfigura-se num ídolo. Hoje em dia vemos a idolatria de colocar pessoas que já faleceram como seres que estariam ao lado de Deus e, por isso mesmo, teriam a capacidade de nos ajudar em nossas petições ao Altíssimo – o que se configura em grave erro, pois há uma só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo (1 Timóteo 2:5); porém, é mais prevalente a idolatria de bens materiais, ou de fama, ou mesmo de dinheiro e poder.


8 Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos: Visto que não escutastes as minhas palavras, 9 Eis que eu enviarei, e tomarei a todas as famílias do norte, diz o SENHOR, como também a Nabucodonosor, rei de babilônia, meu servo, e os trarei sobre esta terra, e sobre os seus moradores, e sobre todas estas nações em redor, e os destruirei totalmente, e farei que sejam objeto de espanto, e de assobio, e de perpétuas desolações. 10 E farei desaparecer dentre eles a voz de gozo, e a voz de alegria, a voz do esposo, e a voz da esposa, como também o som das mós, e a luz do candeeiro.

Visto que o povo de Judá fez pouco caso das palavras de repreensão e advertência proferidas por vários profetas, dentre eles Jeremias, Deus lhes enviará o juízo. É alentador observar que o nosso Senhor nunca faz algo sem que antes anuncie via seus profetas; jamais haverá repreensão sem que ao menos a voz do Espírito Santo soe serenamente ao nosso coração. Mas o povo preferiu continuar, não deram crédito aos sentinelas que estavam nas guaritas observando a chegada da correção.

Deus chamou uma nação longínqua, de uma língua que o povo não entendia, para executar o juízo que anunciara, chegando inclusive a chamar seu rei, Nabucodonosor, o qual não conhecia o Altíssimo, de “meu servo”. Às vezes o castigo vem em decorrência da nossa obstinação em fazermos o que é ilícito; não raro acharemos ser o inimigo espiritual de nossas almas, mas por vezes será um enviado por Deus para realizar o trabalho; pode ser que enquanto em nosso pecador e anuviado coração pensamos ser perseguidos por Satanás, na realidade o próprio Deus estará chamando o carrasco de “meu servo”.



11 E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos.

Todo castigo tem um início, mas felizmente tem data para acabar. O exílio na Babilônio iria durar exatos 70 anos, nem um ano a mais, mas também nem um a menos. A verdade é que somos falhos, por vezes contumazes nos atos que causam desagrado ao nosso Senhor, mas toda provação de Deus vem para nos aprovar e não reprovar; vem para nos ensinar, e não para nos aniquilar. Ao contrário daquele povo, hoje nós temos um advogado perante Deus, Jesus Cristo, de modo que se pecarmos, em contrição de coração dobramos os nossos joelhos e pedimos que interceda por nós junto ao justo juiz – com efeito, em 1 João 2, a partir do primeiro versículo, o apóstolo diz “filhinhos, não pequem; mas se pecarem, saibam que têm um advogado diante de Deus: Jesus Cristo, o justo”.

A confiança que temos no Senhor Jesus, em contraste aos servos de Deus em épocas do AT, é que o nosso Senhor pagou por nós de antemão a impagável dívida que tínhamos, temos e teremos com Deus. Diante de um ato falho, qualquer que seja ele, em havendo arrependimento sincero, poderemos solicitar o nosso advogado para agir em nosso favor. Glórias a Deus e a nosso Senhor Jesus por tamanha bênção!

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